sábado, setembro 27, 2008

Make Your Mac Speak | Why Magalhães Don't Speak?

A Apple publicou hoje, 27 de Setembro, uma dica na sua página de entrada intitulada "Faça o seu Mac falar".

Começa assim a dica: Sabia que o seu Mac pode ler para si em voz alta?... continua em inglês com o título "Make your Mac speak".

A propósito deste artigo lembrei-me de uma pergunta deixada pelo Professor José Tribolet, esta semana, na conferência de apresentação de resultados do projecto Tecnovoz: porque não está o Tecnovoz no computador Magalhães?

Pois é! A Apple tem!

A Apple tem instalado por defeito em TODAS (leia-se todas várias vezes) as suas máquinas: sintetizador de fala (uns 30 para a língua inglesa) e é possível ter um sintetizador de fala em português de alta qualidade (a Célia da empresa Acapela comercializada pela empresa AssistiveWare), um leitor de ecrã (VoiceOver) que faz uso do sintetizador de fala mas também, desde há um ano, dispositivos braille. E ainda tem, na área da voz, reconhecimento de voz para comandos em inglês.

E gostava de realçar que não são apenas floreados para ficarem bem numa qualquer checklist da section 508 da ADA Norte-Americana. Os utilizadores usam-nas e para muitos o uso do computador depende da sua existência. Pessoalmente uso regularmente o sintetizador de fala Célia existente no Mac OS X para transformar livros em audiolivros para os ouvir no meu iPod. Já a função de ampliação de caracteres existente no sistema operativo Mac está permanentemente activo. Sem ele seria incapaz de usar computadores. Ele representa para mim a grande oportunidade que me permite trabalhar no sector das TIC.

E esta dependência não é nova para mim. Toda a minha vida de estudante, em termos de acesso à informação, dependeu da existência destas tecnologias da fala e de suporte à visão. Penso que até compreendo o tom com o qual o Professor José Tribolet, presidente do INESC, se dirigiu aos membros do consórcio do Tecnovoz como "seus anormais: porque não está o Tecnovoz no Magalhães?". Recordo apenas que o INESC é parte integrante do consórcio. Isto fez-me recordar que nenhuma das tecnologias de fala que uso desde 1990 para a língua portuguesa foram fabricadas ou investigadas em Portugal. De facto, parece insólito... ou melhor, realmente anormal!!

Seria essencial o Magalhães ser dotado de (1) software de ampliação de ecrã, (2) sintetizador de fala em português e outros idiomas e (3) leitor de ecrã para sintetizador de fala e linha braille. - que bom seria se essas peças fossem fruto da investigação portuguesa e não compradas a empresas estrangeiras.

A Apple já o faz em TODAS as suas máquinas! De todas as peças "apenas" o sintetizador de fala em português é pago.

quinta-feira, setembro 25, 2008

iTunes mais acessível

Hoje, a Freedom Scientific anunciou o suporte do Jaws para Windows às versões 8, 9, e 10 do iTunes.

Curiosamente, ou talvez não, o acesso ao iTunes 8 em Windows foi um resultado do esforço conjunto da Apple e da GW Micro, o fabricante do leitor de ecrã Window-Eyes. A Freedom Scientific usou esta implementação do MSAA para alargar a compatibilidade também ao Jaws.

São várias as instituições norte americanas, representantes de pessoas cegas, atentas à acessibilidade da plataforma iTunes. Por esta plataforma passa, já hoje, um conjunto muito considerável de conteúdos áudio de cariz universitário como é o caso das gravações das aulas e material de apoio ao estudo. Estima-se que este tipo de conteúdo crescerá exponencialmente. A Apple comprometeu-se em tornar todos estes conteúdos "acessíveis" até 31 de Dezembro de 2008.

sábado, setembro 13, 2008

Keynote 9 Sept: Steve Jobs talks again in accessibility

No passado 9 de Setembro durante a apresentação "Let's rock", o CEO da Apple deu mais uma vez relevo a uma das funcionalidades de acessibilidade nos produtos Apple. O VoiceOver, o leitor de ecrã da marca da maçã, passou agora a ter um desempenho exemplar no iTunes 8.

A velocidade com que a Apple tem introduzido funcionalidades de acessibilidade é lento, pelo menos na perspectiva dos utilizadores que precisam delas, como eu, mas a qualidade das funcionalidades tem sido, até hoje, sólida.

Gostei do Genius. Ele vasculha mesmo os 4 cantos do armazém de Música que está no meu Mac! Descobriu músicas que eu nem sequer sabia que lá estavam. Com o Genius penso que o próximo passo será lançar uma tarifa plana para acesso ilimitado à Music Apple Store. Seria fantástico com um click numa música preferida ficar com um CD "preferido" pronto a bombar! A necessidade está criada.