domingo, outubro 21, 2007

Universal Access at Leopard

Mac OS X

Agora sim, a fonte é da própria Apple, e confirma-se o prometido aquando da sua apresentação pública.

O Braille ganha presença no VoiceOver e vai para além das funcionalidades básicas. Quanto à sintese de fala, o Alex acompanha o sistema operativo desde a sua origem mas tudo indica que será apenas Inglês. Por isso, para quem quiser o sistema a falar em Português terá que recorrer à aquisição da fantástica voz da Célia da empresa ACAPELA, comercializada pela empresa AssistiveWare.

Novidade, ou se quiserem um salto de funcionalidades, encontra-se no processo de navegação. Vamos ter um sistema de leitura por objectos!! Yes!! A documentação da Apple chega mesmo a citar o nome JAWS e WindowEyes como referência do tipo: "tal como eles, nós agora também temos!".

O primeiro ou segundo texto que coloquei neste blog (em Setembro de 2005) dava conta da decepção de alguns utilizadores quando pegaram no Tiger e viram o VoiceOver. Dois anos depois, o Leopard parece que vai ao encontro das necessidades dos utilizadores cegos e com baixa visão.

Características do Universal Access no Leopard:

iPod - if you have one answer (Updated)

+09: iPod Question: New subscriber John Turley from Glasgow writes: "I am looking for some help concerning the Apple iPod. Less than a year ago I could see the screen. Now I cannot, due to further deterioration in sight. My question is, is there a way that the iPod screen information can be made audible so that it can be accessible to someone like me who has sight loss? I would appreciate any feedback you could provide."

[please send responses to inbox@headstar.com].

source: E-Access Bulletin of September 07

Na edição de Outubro do EAccess as respostas fizeram-se sentir e há respostas para o problema.

+09: Sound Advice: There have been several responses to John Turley's request for help accessing his Apple iPod.

He wanted to know if on-screen information could be made audible.

  • Rich Caloggero, Accessibility Researcher with the National Center for Accessible Media suggests he should download 'Rockbox': http://www.rockbox.org/

    Rich says: "This is "firmware," essentially system software, which you can load onto your player. It makes the menus and controls talk. I haven't got an mp3 player, so have no first hand experience with this, but have heard good things about it."

    The Rockbox software will run on a wide range of players including most iPods: a full list is on the home page of its website.

  • Akbar Currim from Bombay, India also offered advice on Rockbox including an online talk: "Archives for the Tech Talk training on Rockbox, the open source firmware system that makes many off-the- shelf mp3 players accessible, on podcasting, on Windows Vista and many others are now available. See: http://accessibleworld.org/show.php?contentid=43 ."
  • And Anna Dresner from the US, an author who has written about media player accessibility was another recommending RockBox, and also writes:

    "There is also a program called VoiceBox that finds the files on your player and generates voice clips so that Rockbox can speak file and folder names. The software is still under development, so it's not always as stable as you would wish, but it can be a good option if you don't mind that sort of thing. Check out Brian Hartgen's Portable Players Portal at http://www.hartgen.org for more information."

[further reponses to inbox@headstar.com] .

sábado, outubro 20, 2007

Leopard: a antevisão do VoiceOver promete

Leopard: Funcionalidades do VoiceOver

Tudo leva a crer que o VoiceOver irá efectuar uma leitura inteligente por objectos. Um dos segredos dessa "inteligência" reside no Document Object Model. Vai ser possível pedir ao VoiceOver algo como: "Olha, lê-me apenas os cabeçalhos! Lê-me o próximo parágrafo! Lê-me a lista de opções do menu! ... Obrigado". Será que vamos ter vários sintetizadores de fala a ler em simultâneo, como previ em tempos? Isso seria fantástico.

sábado, setembro 15, 2007

Why doesn’t Safari support the handheld CSS media type in iPhone?

Ainda recentemente coloquei esta mesma questão num dos fóruns portugueses de utilizadores Apple: porque está o iPhone (handheld) "armado" em ecrã de computador (screen)?

Do que conheço da Apple esta estratégia é amplamente reflectida e nada inocente. Recai no principio: não, o iPhone não é um handheld, é um iPhone! Pois... parece que já vi este filme antes: o IE não é um browser, é o Internet Explorer. Todos os designers conhecem hoje os "malabarismos" que é necessário fazer para ultrapassar os "bugs" do IE. Acham mesmo que são bugs? Tretas, ... se queres ver a tua página como deve ser desenha-a para IE e obriga os utilizadores a usarem IE. Conhecem a frase "Optimizado para IE xx.x"? Ah, pois é...

Esta estratégia não me parece positiva. Venderam-nos que navegar no iPhone é o mesmo que navegar num PC (opps, PC? I'm a Mac :) ). Para um designer web isto parece ser uma óptima notícia mas, quanto mais leio sobre o assunto, afigura-se-me a um pesadelo.

A discussão sobre o assunto não é abundante:

"LATE ADDITION: I just found a page on flickr of all places that opens up a discussion of readable websites on iPhone. Joe Clark has a comment where he asks, "Why doesn’t Safari support the handheld CSS media type?" David Stong
E Joe Clark diz:
There’s no need for user-agent sniffing, a debased practice from the 1990s. Why doesn’t Safari support the handheld CSS media type? Joe Clark

Estou inclinado a dar razão a Joe Clark. Se o iPhone tivesse o mesmo comportamento que um ecrã de PC (PC? I'm a Mac), como nos querem vender, porque escreve a Apple coisas como estas?

"You can tailor the style of your webpages by providing a style sheet that adapts to iPhone. The CSS 3 media query allows you to do just that. There are several types of queries including print, handheld, and screen. iPhone ignores the print and handheld media queries because these types do not supply high-end content. So the screen query is what you need to use."Specify an iPhone Style Sheet
Mas parece que na resposta à pergunta: Is iPhone an Handheld? A Apple não deixa margem para dúvidas. Não, não é!. E é um ecrã de um PC (screen)? Não, também não. Mau, então em que categoria de equipamento cabe ele? Em nenhum. Ele apresenta-se isolado. Boa... isto pode não ser mau de todo e até se pode chamar de inovação. Já não é a primeira vez que eu próprio, ao falar de Design for All, falo em Design for One.

Veja-se o que propõe a Apple: especifiquem CSS APENAS para o iPhone.

"To specify a style sheet that is just for iPhone without affecting other devices, you use the only keyword in combination with the screen keyword, as follows:"Specify an iPhone Style Sheet.
<link media="only screen and (max-device-width: 480px)" href="small-device.css" type="text/css" rel="stylesheet">

E a pergunta que se segue é: então e os outros dispositivos handheld? Têm que levar em cima com a CSS do iPhone? A resposta vem da Apple.

"Older browsers ignore the only keyword and won’t read your iPhone style sheet. To specify a style sheet for devices other than iPhone, use an expression similar to the following:"
<link media="screen and (min-device-width: 481px)" href="not-small-device.css" type="text/css" rel="stylesheet" />

É interessante esta presunção: "Older Browsers". 2007 é hoje e a OPERA já fez sair este ano várias versões do seu browser para handhelds. O meu Nokia 6630 usa o OPERA com CSS activa bastante bem.

Se todos os fabricantes de handhelds seguirem a mesma técnica da Apple para o IPhone arriscamo-nos a ter uma das maiores dores de cabeça para os designers. Desenharem específicamente para cada equipamento. Imaginem se a WAI do W3C seguisse a mesma estratégia para ir ao encontro das necessidades das pessoas com deficiência? Teriamos algumas dezenas (numa versão optimista) de folhas de estilo e mesmo assim correriamos o risco de deixar alguns utilizadores de fora.

Será que estamos a abandonar o principio da transformação harmoniosa (gracefully transform) de conteúdos que enforma as directrizes de acessibilidade inscritas nas WCAG 1.0?

domingo, setembro 09, 2007

Como fica a minha página Web no iPhone? Acessibilidade Web mostra o seu valor acrescentado!

Nota prévia: Os testes com o iPhone aqui apresentados e as respectivas imagens foram feitas com o editor APTANA, que tem agora um simulador de páginas Web para iPhone. E é grátis!!

"Use unidades relativas em vez de absolutas nos valores dos atributos da linguagem de notação e valores das propriedades das folhas de estilo."(ponto de verificação 3.4 de prioridade 2 das WCAG 1.0)".

Muita gente pergunta-me o porquê desta regra. Tecnicamente poderemos responder que ao aplicarmos esta regra às nossas páginas, estas adaptam-se a vários tamanhos de ecrã e/ou resoluções dos mesmos.

É isso mesmo que é visível quando observamos a mesma página num ecrã de computador (figura 1) ou num ecrã de um telemóvel como o novíssimo iPhone (figuras seguintes).

Página www.gesta.org vista no navegador Web SAFARI com CSS activa

Figura 1: Página www.gesta.org vista no navegador Web SAFARI com CSS activa.

Mas o que é isso de se ajustar ao ecrã? Se observarmos a figura 1 e 2, iremos constatar que a informação se ajustou à largura do ecrã. Enquanto que a barra de rolamento vertical, que permite ao utilizador percorrer a totalidade da página para baixo e para cima, é visível, a equivalente barra de rolamento horizontal não apareceu apesar do ecrã da figura 2 ser substancialmente mais pequeno que o da figura 1.

Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS activa e posicionamento do aparelho na vertical

Figura 2: Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS activa e posicionamento do aparelho na vertical.

O iPhone tem ainda a particularidade de ao ser posicionado de lado, i.e. na horizontal, o ecrã também roda. Na prática, ficamos com um ecrã mais largo. Assim, numa página que cumpre a regra de acessibilidade enumerada neste post, a informação rearruma-se de forma a ocupar toda a superfície do ecrã. E note-se que, qualquer que seja a posição do iPhone, a barra de rolamento horizontal nunca aparece. Isto sucede apenas em websites que cumpram esta regra de acessibilidade (exceptuando as que recorrem a truques de javascript para obter o mesmo efeito - isto é batota, não vale! :-) ).

Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS activa e posicionamento do aparelho na horizontal

Figura 3: Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS activa e posicionamento do aparelho na horizontal.

Mas ainda há mais! Se quem concebeu a página separou correctamente o estilo da estrutura da informação, colocando o primeiro numa folha de estilo externa (CSS) e a segunda numa página de HTML, mesmo que tenha violado a regra, usando valores absolutos, será possível desactivar a folha de estilo e navegarmos na informação livremente usando o estilo por defeito do navegador (é isso que é visível nas figuras 4 e 5). E aqui, mais uma vez, a informação ganha a propriedade de se ajustar ao ecrã do iPhone, esteja este na vertical ou na horizontal. Se não fizer assim, o resultado, ao retirar a folha de estilo, poderá ser um monte de texto sem qualquer nexo.

Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS inactiva e posicionamento do aparelho na horizontal

Figura 4: Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS inactiva e posicionamento do aparelho na horizontal.

Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS inactiva e posicionamento do aparelho na vertical

Figura 5: Página www.gesta.org vista no IPhone com CSS inactiva e posicionamento do aparelho na vertical.

Mas as regras de acessibilidade não são especialmente concebidas para pessoas com deficiência?

Sim, ... mas essencialmente são concebidas para tecnologias usadas por estes. Na prática, ou se quisermos tecnicamente, aquilo que o iPhone actualmente solicita à informação (que se ajuste ao ecrã consoante a sua posição) é algo que uma pessoa, por exemplo, com baixa visão solicita à tecnologia com uma frequência alucinante, há muitos anos, quando amplia o texto e pretende que o mesmo se rearrume no ecrã. Durante um dia de trabalho são centenas, as vezes que uma pessoa com baixa visão solicita à tecnologia alterações equivalentes ao rodar do iPhone (garanto-lhe que o super sensor do IPhone, que permite esta adaptação fantástica, ficaria "mareado" em poucos dias :-) ). Por outro lado os varrimentos horizontais pela informação são penosos para uma pessoa com baixa visão, e para qualquer utilizador também. Por isso, devem ser evitados!

sábado, setembro 01, 2007

People with vision loss can't use most cell phones. It's time to change that.

Muito se tem falado nos últimos tempos de telemóveis, principalmente nos Estados Unidos, com o aparecimento do iPhone e dos rumores do gPhone. Parece que o facto do iPhone não ter teclas e ser mais que um telemóvel para fazer e receber chamadas, acontecendo algo semelhante com os rumores do gPhone, despertou a atenção de organizações como a American Foundation for the Blind (AFB). Pergunta-se: como vai uma pessoa cega ou mesmo com perda de visão usar este tipo de equipamento? Parece que a conversa, talvez de embalar, da Apple enervou as instituições de pessoas com deficiência.

Several AFB staff met with a representative from Apple this week. He indicated that Apple would consider adding accessibility into subsequent releases of the iPhone. The Apple representative stressed that the whole point of the iPhone is to allow innovation. However, the nature of this phone, a perfectly flat screen with only one button, makes it hard for us to imagine how it could be accessed by someone needing tactile feedback and tactually identifiable controls. We wonder how a company that says it prides itself on cutting-edge innovation can create something that is so completely unusable for people with vision loss. We strongly encourage Apple to work with the blindness community to create a truly innovative and accessible iPhone. And while they're at it, why not do the same for the iPod? Hope for iPhone Access!?

Mas a campanha não atinge apenas a Apple, mas todos os fabricantes de telemóveis.

A AFB lançou uma campanha de sensibilização, de seu nome 'Cell Phone Accessibility Project' puxando pela legislação aplicável ao sector, mais precisamente a Secção 255, a parte da Lei Federal dedicada às Telecomunicações que exige que todos os telefones têm de ser utilizáveis por pessoas com incapacidades.

Deste lado do Atlântico, na Europa, a imprensa da especialidade está igualmente atenta. O Boletim E-Access do mês de Agosto dedica à área dos equipamentos móveis um grande destaque e promete seguir a campanha (E-Access Bulletin Live blog). Este conceituado boletim levado a efeito pela Headstar tem por detrás uma das maiores organizações mundiais na defesa dos direitos das pessoas com deficiência da visão: a Royal National Institute of the Blind.

As queixas de utilizadores junto dos fabricantes e das autoridades nacionais de regulação do sector das telecomunicações intensifica-se.

"Thus far, 14 individuals have filed complaints against the cell phone service provider Sprint Nextel and against several phone manufacturers," said Schroeder. "I expect that there may be a few more complaints that will be filed in the next few weeks as we have a number of individuals who have expressed an interest in making complaints," he said.

E-Accces Bulletin of August'07

sábado, agosto 25, 2007

Reconhecimento de voz no iPhone (demo)

Controlar o telefone através da voz é a promessa que fica no ar. Na demonstração é possível ver como se poderá controlar a música no iPhone. Mas a VoiceSignal diz que já consegue um controlo mais vasto das funções do iPhone e promete mostrar em breve.

Assim o iTunes vira vTunes

... e o ISearch que faz pesquisas nos Mapas do Google vira vSearch

Esta demo do vSearch foi publicada no YouTube no dia 24 Agosto

E aqui está uma demo do que a VoiceSignal actualmente faz na área do reconhecimento de voz em telemóveis

sábado, julho 28, 2007

IPhone terá um canal de voz para comunicar informação multimédia

Com esta técnica, as pessoas cegas poderão usar o iPhone, mas a aplicação é ainda mais abrangente...

iPhone com canal voz de informação multimédia

A patente americana registada em nome da Apple de 24 de Janeiro de 2006 parece deixar antever algo de "interessante" para tornar o iPhone acessível a pessoas com deficiência da visão, nomeadamente cegas.

Leia-se por exemplo:

Recent developments in consumer electronics have included the introduction of portable personal communication devices such as cell phones, personal walkie-talkies, and the like. In some cases, it would be desirable for a user of one of these personal communication devices to be able to transmit to another user having a similar device, multimedia data over a voice channel connecting the two devices. Such a system would be especially helpful for those users having impaired vision where reading a text message, for example, is difficult.

Mas o invento parece não ficar por aí, pois o "canal de voz para comunicar informação multimédia", sem intervenção de servidores, parece que vai permitir ao iPhone comunicar com outras tecnologias numa espécie de comunicação convergente.

Um exemplo prático disso mesmo pode ser a possibilidade de enviar um SMS para um telefone fixo que não tem ecrã. Em Portugal, isto já é hoje possível mas a Portugal Telecom tem um servidor para o fazer.

O texto da patente é, no entanto, bastante enigmático para que um leitor mediano como eu possa compreender todas as possibilidades de tal invento.

sábado, julho 07, 2007

Zoom: o único ampliador que entra no Second Life

Um dos últimos artigos do Boletim e-Access (edição de Junho) intitulado "Outside The Gates Of Second Life" levou-me a inscrever no Second Life. Why? Bom, o artigo dava-nos conta que os utilizadores cegos e mesmo com baixa visão não têm software de apoio compatível com a plataforma Second Life.

O artigo conclui:

"If you launch the Second Life viewer with a screen magnifier such as ZoomText, Lunar or iZoom, magnification will be turned off. If you access the Second Life viewer with a screen reader like Hal, Jaws or Window-Eyes, nothing will be spoken aloud, and nothing will appear on your Braille line."

A minha pergunta foi: e como se comportarão o VoiceOver (screen reader do Mac OS Tiger) e o Zoom (ampliador de caracteres do Mac OS Tiger) da Apple? A minha impressão inicial era a de que o Zoom do MacOS X não me iria deixar mal.

E foi assim mesmo: o VoiceOver, como se diz na minha terra, entra mudo e sai calado. Mas o Zoom funciona!

Para mim, com uma acuidade visual de 1/10 (uma baixa visão acentuada) foi-me possível, com o Zoom do MacOS Tiger sempre activo, passear o "Jooo Writer" (o meu nome por lá) pelo ambiente do Second Life. Apenas uma nota negativa: quando se desloca o rato, a janela do Second Life sofre de algumas intermitências, mas dá para o gasto.

Eu que estou sempre a dizer que não voamos e que por isso precisamos de um avião, leia-se ajuda técnica, para o fazer, apanhei uma surpresa no Second Life. Aqui, nesta Segunda Vida, voamos pelos nossos próprios meios.

Fica aqui a configuração da minha máquina: uso um PowerMac, com processador G5 a 2GHz de velocidade, com 1.5Gb of memory.

sexta-feira, julho 06, 2007

Como correr JAWS e WindowEyes em Mac?

O JAWS e o Window Eyes são 2 aplicações que permitem a pessoas cegas ler (em braille e através de sintetizador de fala) tudo aquilo que está no ecrã de um computador. São 2 produtos que mundialmente têm, em conjunto, mais de 80% do mercado dos leitores de ecrã. Até ao momento apenas existem para o sistema operativo Windows. Saiba como poderá colocá-los a funcionar no seu Macintosh.

Intel-based Macs support Parallels and Boot Camp, software that will run the Windows operating system on your Mac.

With Windows on your Mac, you can also use the most popular screen readers - JAWS and Window Eyes. This blog entry provides an overview of what is necessary and gives some tips to make these screen readers work optimally.

See: Using JAWS and Window Eyes on your Mac.

sábado, junho 30, 2007

IPhone Accessibility Features: Mac OS or a Little Mac OS

Conclusão: quem pode usar o iPhone?

iPhone para já uma opção que poderá servir alguns utilizadores com baixa visão

Tal como foi ontem apresentado parece-me que o iPhone:

  • poderá ser usável por pessoas surdas sem problemas de maior. A Apple ainda se encontra a fazer testes face às interferências com as próteses auditivas. A existência de um teclado QWERTY é um elemento valorizado por estes utilizadores e que os poderá levar a optar pelo iPhone. Seria interessante aparecer uma aplicação TTY para iPhone.
  • não poderá, de todo, ser usável por pessoas cegas. Falta o VoiceOver (voz e braille) do Mac OS Leopard. Será necessário um dispositivo externo alternativo ao ecrã táctil - as linhas braille sem fios poderão vir a ser uma opção.
  • poderá ser usável, embora com algumas dificuldades, por pessoas com baixa visão. Seria muito útil incorporar o Zoom do Mac OS Tiger.
  • não poderá ser usável por pessoas com dificuldades motoras graves dos membros superiores (caso de algumas pessoas com paralisia cerebral, pessoas tetraplégicas e outras com dificuldades graves de coordenação dos membros superiores). O predictor de palavras, muito usado por este tipo de utilizadores, não será suficiente para o tornar acessível. Será necessário: um predictor em português, uma aplicação de varrimento, um dispositivo apontador capaz de substituir as mãos. Dispositivos externos como manipulos e dispositivos de selecção directa, nomeadamente controlados com a cabeça, são necessários.

Enquadramento

Steve Jobs tinha afirmado que o iPhone iria correr o Mac OS X. Era legítimo que um utilizador pensasse que isso significaria que o novo, e primeiro, telefone móvel da Apple iria correr o Mac OS Tiger em todas as suas funcionalidades. Afinal, pelo menos nesta 1ª versão que entrou ontem em distribuição nos EUA, houve funcionalidades que foram reduzidas. No caso concreto das funcionalidades de acessibilidade o corte pode mesmo inviabilizar a utilização do iPhone por parte das pessoas com deficiência.

Sumário das funcionalidades e notas de reflexão pessoal

Podemos sumariar as características de acessibilidade do iPhone da seguinte forma:

  • Zoom | é possível ampliar as (a) páginas web, (b) as mensagens de correio electrónico, (c) os documentos anexos às mensagens, (d) os mapas-Google e (e) as fotografias. A pergunta que fica é: e a ampliação dos menus?
  • Large fonts for Mail messages | como tamanho mínimo das fontes para as mensagens de Correio pode-se seleccionar 4 opções: (a) default, (b) large, (c) extra-large, ou (d) giant. Fica a dúvida: qual é a diferença entre esta opção e o Zoom (!?).
  • Large contacts and numeric keypad for dialing | a documentação afirma que o teclado de marcação é grande e que quando se selecciona um nome, este aparece também em letra grande. A pergunta que fica é: e antes de chegar ao contacto como pode uma pessoa com baixa visão seleccionar o nome?
  • Network-based voice-dialing compatibility | desconheço se em Portugal existirá alguma rede que suporte esta funcionalidade. Para ser sincero nem sei como funciona esta característica - passará por ter uma lista de contactos na rede? É apenas para marcar números?.
  • Assignable ringtones | associar toques a contactos já foi uma técnica usada por pessoas cegas. Hoje em dia, na Era dos leitores de ecrã já disponíveis em vários telemóveis, o que os utilizadores cegos querem é mesmo ouvir/ler o nome/número de quem está a ligar - nada como o VoiceOver para o fazer.
  • Audible, visible, and vibrating alerts | para pessoas surdas tornar o audível também visível/vibratil é útil.
  • TTY support | mais do que suporte para telefones de texto, o iPhone poderia ter uma aplicação que o tornasse num telefone de texto, capaz de comunicar com qualquer telefone de texto - isso sim, era fantástico para a comunidade surda!.
  • Chat-like SMS | uma aplicação SMS que funciona como se fosse um Chat. Chat, SMS e TTY deveriam ser interoperáveis
  • Intelligent QWERTY keyboard with predictive text entry | trata-se de um teclado com predictor de palavras (em inglês).Haverá outros idiomas?
  • Visual Voicemail | possibilidade de navegar pelas mensagens de voz existentes na caixa de correio tal como se navega numa qualquer lista de mensagens.
  • Speakerphone | equivalente a mãos-livres
  • Sync with iTunes | A documentação faz referência neste ponto às acessibilidades do Mac OS X existentes no computador como forma de controlar a operação de sincronização

O que o iPhone não parece ter:

  • Alto contraste: não parece ser possível alterar o contraste. É pena pois o Zoom do Mac OS X (computador) tem um alto contraste branco/preto fantástico. Deveriam de o usar no iPhone.
  • VoiceOver: o leitor de ecrã (fala no Mac OS Tiger e fala/braille no Mac OS Leopard) poderia possibilitar a pessoas cegas utilizar o iPhone - a não existência de teclado pode ser ultrapassado com um dispositivo externo do tipo wireless.

Documentação consultada

De acordo com a documentação já disponível sobre as funcionalidades de acessibilidade do iPhone, que se pode sintetizar por:

domingo, abril 29, 2007

Mac OS X e Acessibilidade para Pessoas com Deficiência

Sistemas de selecção directa controlados com o movimento da cabeça, sistemas de varrimento controlados por interruptores/manipulos accionados por um maxilar ou sistemas de síntese de fala que lêem o que está no ecrã, são algumas das opções que permitem a pessoas com deficiência fazer do computador uma ferramenta fabulosa de acesso à informação e não só. Veja em baixo diversos exemplos daquilo que hoje se designa por uma oportunidade à inclusão em sociedade.

Vídeos AssistiveWare: seleccione um vídeo
fonte: vídeos AssistiveWare

Marie-France tem Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Ela não fala nem se mexe, mas continua a ser quem gere as compras lá em casa

Marie-France video

QuickTime 7

mp4

iTunes & iPod

Joe Barnick tem Atrofia Muscular Espinal e explica-nos o seu trabalho enquanto designer.

KeyStrokes in practice

Quicktime 7

mp4

iTunes & iPod

Anne Robertson é cega e usa o VoiceOver, o iVox e o VisioVoice no seu trabalho quotidiano de tradutora

Anne Robertson video

QuickTime 7

mp4

iTunes & iPod

Mike Philips analisa o Age Of Empires 3 usando o SwitchXS

Mike playing Age of Empires 3

QuickTime 7

mp4

sábado, abril 07, 2007

Quicktime 7.1.5 compatível com o leitor de ecrã VoiceOver

Screen reader compatibility | Using VoiceOver, included with Mac OS X v10.4, visually impaired users can enjoy QuickTime Player features. (source: what's new in quicktime player)

domingo, março 11, 2007

Tablet Mac: Modbook

ModBook - um tablet Mac verdadeiramente portátil

Tudo indica que estará prestes a chegar ao mercado. Um Mac para pôr debaixo do braço.

Na área das necessidades especiais precisamos mesmo de hardware portátil.

domingo, fevereiro 25, 2007

IF Mac OS X in IPhone IS completely true THEN we get a good accessibility level in a Phone.

iPhone - poderá revolucionar as comunicações móveis

No passado dia 9 de Janeiro, ao ouvir Steve Jobs apresentar o iPhone, prometido para entrar no mercado americano em Julho deste ano e que surgirá na Europa até ao final do ano, houve duas coisas que me chamaram a atenção:

  • O iPhone terá o Mac OS X incorporado. E a mensagem a este respeito foi bem sublinhada: não criámos um mini-sistema operativo para o iPhone... o iPhone não corre uma mini-versão do navegador Web Safari. É o mesmo Safari que corre no Mac. And so on, and so on... in a iPhone everything is equal than in a Mac. That seems me very interesting!!
  • O iPhone usa um ecrã, que é, ao mesmo tempo, teclado. Tudo me leva a crer que é o primeiro da sua espécie, pelo menos a deixar a bancada dos protótipos, que permite usar dois dedos em simultâneo para executar funções.

And what is the interest of these two features to accessibility?

Bom, aparentemente nada, ou melhor aparentemente tudo; na realidade não sei.

O primeiro sublinhado de Steve Jobs, consistente como já nos habituou, leva-nos a pensar que o iPhone terá as aplicações que incorporam, de raíz, o Mac OS X. Se isso for assim, é razoável pensarmos que o VoiceOver, leitor de ecrã essencial para que pessoas cegas possam ler, fará parte do iPhone. O iPhone será assim, à semelhança do que sucede com os computadores Mac, o primeiro telefone a incorporar um leitor de ecrã de origem - i.e. Design Universal.

O segundo elemento que me chamou a atenção foi a forma como, usando dois dedos, geralmente o polegar e o indicador, Steve Jobs obtinha pormenores ampliados do ecrã. Juntando este elemento ao Zoom, aplicação que incorpora, de raíz, o Mac OS X, é legítimo pensar que o iPhone terá um sistema de ampliação que, entre outras coisas, é óptimo para pessoas com baixa visão.

Quanto ao primeiro elemento levanta-se uma interrogação pertinente. É uma verdade que os softwares de leitura de ecrã servem para fazer chegar a informação, principalmente, a pessoas cegas através de síntese de fala e até mesmo em braille (tudo indica que o Mac OS X Leopard vai trazer esta possibilidade). Mas, ... e o teclado de ecrã? Como poderá uma pessoa cega usar um teclado de ecrã? É uma boa pergunta e a resposta é, já hoje, uma realidade. Experimente, por exemplo, pressionar o canto inferior direito do ecrã das máquinas de venda de bilhetes no Metropolitano de Lisboa. Nalgumas delas terá uma agradável surpresa. Surpresa esta que permite às pessoas cegas comprar o bilhete. E as máquinas de venda de bilhetes do Metropolitano de Lisboa têm o teclado no ecrã. Mas há mais... mesmo nos PDAs, onde este problema de interação também existe, há investigação em curso. Veja-se, por exemplo, a memória descritiva do projecto BloNo - Bloco de Notas Electrónico, que tem por grupo-alvo pessoas cegas e gira em volta da interacção destes com teclados de ecrã de dispositivos portáteis.

Buttons & controls can't change. In IPhone they can! This is Universal Access!!

Por último, talvez porque não há duas sem três e que enforma a estratégia de desenvolvimento do IPhone, há uma terceira característica, enumerada por Steve Jobs que poderá tornar-se vantajosa para pessoas com necessidades especiais. Tal como Tim Berners-Lee no final da década de 80 se confrontou com um problema de computadores com necessidades especiais que o levou a inventar a World Wide Web, também Steve Jobs destaca as necessidades especiais de cada uma das aplicações para justificar a construção de um teclado apropriado a cada uma. A solução parece passar por uma superfície plana, controlada com a ponta dos dedos, onde poderão ser concebidos "n" teclados capazes de responder a cada aplicação mas também, digo eu, a cada utilizador.

Para justificar o porquê da Apple se ter iniciado na construção do iPhone, Steve Jobs cita Alan Kay, que há 30 anos atrás, disse:

People who are really serious about software should make their own hardware.

Confesso que quando assisti pela primeira vez à apresentação, neste processo de tradução quase que inconsciente de inglês para português, percebi algo, que a ser verdade, seria ainda mais revolucionário:

People who are really serious about software should be transform it in "hardware".

Ou seja, para quê fazer botões físicos (teclas) se os mesmos podem ser feitos por software? Imaginei eu então que, aquilo que Jobs nos estava a dizer era que tinha encontrado a chave da personalização do hardware ao Homem: onde hoje há hardware temos de passar a ter software. Mas não me parece que o Jobs tenha dito isto de forma explicita embora o iPhone seja um exercício prático deste enunciado. O potencial desta estratégia para o Universal Access é fenomenal e fará do hardware peças irreconhecíveis no futuro. Será que era isto que o CEO da Apple nos quis dizer ao afirmar que o iPhone estava 5 anos adiantado face aos seus pseudo-concorrentes ou serei eu que tropeçei em algo que me fez ir parar uma década à frente?

sábado, fevereiro 24, 2007

VoiceOver: ele fez o mundo da diferença.

Anne Robertson - uma tradutora que usa com mestria o VoiceOver da Apple

Anne Robertson ficou cega quando era ainda criança. Ela é actualmente uma profissional de tradução de Francês para Inglês usando a última versão do leitor de ecrã do Mac OS X em combinação com as vozes sintetizadas Francesa e Inglesa.

Neste pequeno vídeo, ela mostra como faz uso do VoiceOver. Com o VoiceOver ela conseguiu acelerar a velocidade do trabalho de tradução uma vez que passou a ouvir o texto num idioma enquanto escreve num outro idioma. Anne Robertson vive em Orry la Ville, França.

Veja o vídeo de Anne Robertson no episódio 3 do PodCast da AssistiveWare.